Eunice Newton Foote: a cientista que descobriu como o CO2 afeta o aquecimento global
Negligenciada pela história e pelo patriarcado, o legado da cientista pioneira que apontou as causas das mudanças climáticas está sendo revisitado na mídia
O Google Trends aponta um interesse crescente pelo nome de Eunice Foote Newton. Desde o documentário Eunice, lançado em 2018, o nome da cientista está ecoando nas mídias internacionais e nacionais. Assista ao documentário e veja a seguir alguns vídeos e reportagens.
Resumo da biografia científica
[com base na Wikipédia]
Eunice Newton Foote (17 de julho de 1819, Gósen, Connecticut – 30 de setembro de 1888 (69 anos), Lenox, Massachusetts) foi uma cientista, inventora e militante pelos direitos das mulheres norte-americana. Foi uma das primeiras pesquisadoras do efeito estufa e uma das signatárias da Declaração de Sentimentos.
Foote realizou pesquisas sobre o efeito do aquecimento do sol no ar, incluindo a forma como isso é afetado pelo ácido carbônico gasoso (dióxido de carbono), mais tarde chamado de efeito estufa, o qual foi apresentado por Joseph Henry na Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), em 1856. Um contemporâneo descreveu a ocasião da seguinte forma: Prof. Henry começou a ler um artigo escrito pela senhora Eunice Foote, antecedendo-o com algumas palavras sobre o fato de a ciência não conhecer nenhum país e nenhum sexo. A esfera da mulher abrange não apenas o belo e o útil, mas a verdade. (Wells, 1857, p. 159-160, citado por Raymond Sorenson.) Foote foi a segunda mulher membro da AAAS.
O trabalho de Foote precedeu a obra, mais conhecida, de John Tyndall sobre o aquecimento de CO2 por radiação infravermelha em três anos.[2][3][4] Experimentos semelhantes são ensinados em escolas modernas.[5]
Ela também trabalhou na excitação elétrica de gases[6][7] e recebeu um reconhecimento acadêmico por esse trabalho em 1860.[8]
